Centro das Tradições de Santo Amaro
Quem somos?
Idéias novas por tradições antigas
1974

A paixão, o amor por suas raízes e a necessidade de não permitir que a História, a Memória, Usos e Costumes de Santo Amaro se perdessem, como já alertava Edmundo Zenha, o grande historiador de Santo Amaro na época, uma dúzia de jovens, que na ocasião voltavam cavalgando de Pirapora, o que já era uma tradição, e arrebatados com a força do sentimento, da expressão acima, contrariados com o rumo que, Santo Amaro tomava, formavam fileiras e criaram o CETRASA - CENTRO DE TRADIÇÕES DE SANTO AMARO.

O CETRASA nasceu filosoficamente nos anos setenta, mas somente em 1980, toma forma jurídica por escritura pública declaratória e, por volta dos anos oitenta, transforma-se em pessoa jurídica de direito privado, o sendo até os dias atuais.
No decorrer destes anos, desenvolveu-se e participou de quase todos os movimentos de Santo Amaro, ora de iniciativa própria ora em participação, divulgando a história ou em defesa deste bairro cidade. Dentre outros, o Movimento pela Emancipação de Santo Amaro, Troféu Botina Amarela, criação do Museu de Santo Amaro, com espaços especiais tais como Romaria Religiosa, com todas as tradições, Julio Guerra, Soldado Santoamarense Constitucionalista, palestras, eventos públicos, objetos de uso profissional artesanal e doméstico, bem como documentos, etc...
Tem ainda, a manutenção e a curadoria do Museu de Santo Amaro, mantendo tudo isso, com recursos pessoais, da diretoria, pois não recebem nenhuma ajuda, quer seja pública ou privada.

Nós do CETRASA buscamos com carinho e orgulho, o resgate de nossas tradições. Buscamos mais do que isto; buscamos as origens de nossos costumes de nossos usos.

Em se tratando de origem, lembramos que, na década de 30, os grandes políticos e realizadores de obras de Santo Amaro, foram massacrados com o golpe da ocasião, que dava fim a um dos mais importantes partidos políticos, o PRP - Partido Republicano Paulista.
Lembramos que logo depois, houve o movimento Constitucionalista de 1932, a chamada REVOLUÇÃO. Nosso modesto porem, sempre ativo e alerta Município mais uma vez apresentava-se para defender e honrar as 13 (treze) listas, da Bandeira Branca Vermelha e Preta.
Criamos o mais vitorioso batalhão voluntário e conquistamos diversos objetivos, no sul do estado.
Em 1935 com a desculpa de uma dívida discutível, Santo Amaro é caçado e anexado à Capital do Estado, é inconteste que, se tratou de revanche. Pois muito bem fomos dormir Município, e acordamos Bairro.

Indiscutivelmente o maior bairro da Capital de São Paulo. A bem da verdade torna-se Capital do Sul.

O grande desenvolvimento da região despertava ciúmes e a intolerância de diversos grupos, que com o poder na mão foram fracionando o bairro Cidade.
Porém o Largo Treze de Maio, referência de nossa história e marco não só das saídas das bandeiras, mas também local de festas e comemorações religiosas que, ficaram marcadas em nossa história e acomodaram em nossos corações como costumes, tem uma população flutuante de mais de 2.000.000 (dois milhões) de pessoas por dia. Mas continuamos a perder e assim foi com metrô que, deveria ser a primeira linha em razão da própria disposição física.

As razões expostas seriam o suficiente para a existência do CETRASA - CENTRO DE TRADIÇÕES DE SANTO AMARO. Mas, gostamos sempre de lembrar que, as armas são outras, mas a trincheira ainda é a mesma. A busca de um Santo Amaro que, não precisa ser nenhum eldorado, mas que o santoamarense possa desfrutar desta terra abençoada por Deus e orada pelo Patrono.

A Diretoria